Eu quero uma linha. Algo que me oriente aqui nesse ocidente. Mesmo que seja ontem ou amanhã, mas que seja. Que seja essa procura, essa espera. Que seja.
Permita-me citar Belchior, pois "talvez eu morra jovem, alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído, completará o meu destino..."
Falaremos para a vida: "Vida, pisa devagar, meu coração, cuidado, é frágil;
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela".
E as paralelas... essas linhas que insistem em não se encontrar. Que seja ao menos tangente, ou um amor perpendicular, que cruze minha vida como o trem diário. Eu quero uma linha. Uma linha.
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela".
E as paralelas... essas linhas que insistem em não se encontrar. Que seja ao menos tangente, ou um amor perpendicular, que cruze minha vida como o trem diário. Eu quero uma linha. Uma linha.
Preso às correntes do meu silêncio peço ao Vitor que me empreste suas palavras, para fazê-las minhas por um pequeno instante, enquanto não encontro minha linha...
Sem uma linha eu... eu...
To vivendo em outra dimensãoLonge de você
Habitando o fundo de um vulcão
que eu domestiquei
Todo dia deixo o sol entrar
mas a luz não vem
A janela em mim é tão brutal
Causa esse desdém
Meu relógio em outra dimensão
corre de você
Solto o pensamento num tufão
Finjo que pensei
Todo dia o dia quer passar
mas o fim não vem
A espera é sempre tão brutal
Tudo se mantém
Acredito em outra dimensão
Longe de você
Lava, fogo, cinzas, solidão
Já me acostumei
Todo dia passo te encontrar
mas você não vem
O deserto em volta é tão brutal
Sempre te detém
Sempre te detém
Sempre te detém
Sempre te detém
(Longe de Você - Vitor Ramil)
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